A jornalista da estação pública respondeu em direto a Luís Montenegro sobre a questão dos auriculares.
Durante a conferência “O Futuro dos Media”, realizada na última terça-feira, em Lisboa, o primeiro-ministro Luís Montenegro levantou uma polémica ao alegar que os jornalistas recebem perguntas através do auricular durante entrevistas e conferências.
Esta afirmação gerou uma resposta por parte da jornalista Cristina Esteves, da RTP3, que aproveitou a emissão do “Jornal das 12” para explicar a função do auricular.
Cristina Esteves esclareceu que o auricular é utilizado para receber indicações da régie, como informações sobre intervalos, o tempo restante ou problemas técnicos, e não para receber perguntas. A jornalista reforçou que, especialmente em transmissões exteriores, o auricular serve para manter a ligação ao estúdio, garantindo o fluxo da emissão em direto.
Este esclarecimento rapidamente tornou-se viral nas redes sociais, gerando discussões sobre a liberdade e independência no jornalismo. Montenegro, por sua vez, defendeu que o jornalismo deve ser livre e sem interferências, mas questionou a prática de “perguntas sopradas”, sugerindo que esse método desvaloriza a profissão. A sua intervenção provocou um debate sobre a ética e a autonomia dos jornalistas no exercício da profissão.
Na oposição, Montenegro cavalgou toda e qualquer polémica noticiosa e instrumentalizou-a a seu favor. Agora, no governo, Montenegro quer jornalistas "tranquilos".
— Uma Página (@UmaPaginaSocial) October 8, 2024
Numa série de ataques ao trabalho dos jornalistas, Montenegro falou ainda em insidiosos auriculares. A RTP explica. pic.twitter.com/wUE0TVGNA1
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